Underground Airlines de Ben H. Winters


Título: Underground Airlines
Autor: Ben H. Winters
Editora: Rocco
Ano: 2017
Páginas: 320
Skoob: Adicione

Sinopse: Autor da trilogia O Último Policial, ganhador dos prêmios Edgar e Philip K. Dick, Ben H. Winters é uma das principais vozes da literatura policial e da ficção científica contemporânea nos EUA. Em Underground Airlines, o autor conta uma história ambientada numa realidade alternativa em que os Estados Unidos não passaram pela guerra civil e os estados de Mississipi, Alabama, Louisiana e Carolina do Sul permanecem separados do norte do país e vivendo de mão de obra escrava. Na trama, Victor é uma espécie de “capitão do mato”, um ex-escravo que trabalha rastreando escravos fugitivos e devolvendo-os a seus donos. Ao mesmo tempo, porém, em que opera a favor do status quo, ele age sob uma agenda própria. A partir desse personagem contraditório e aludindo às “underground railroads”, rotas clandestinas pelas quais os escravos americanos fugiam para o norte abolicionista ou para o Canadá, Underground Airlines é um ótimo entretenimento e também uma provocação à sociedade americana com suas questões raciais, econômicas e políticas.



   Vaaaaamos para mais uma resenha. Underground Airlines. Primeiro, mas não mais importante: eu fiquei apaixonada nessa capa. Achei muito bem elaborada e bonita.
   O livro conta a vida de Victor, Victor é um ex escravo que agora é policial e caça outros escravos. Victor é um American capitão do mato.  O ex escravo comprou sua alforria se entregando ao governo como agente duplo.


   O contexto do livro é esse, quatro estados dos Estados Unidos, chamados de Os Quatro Injustos, (Louisiana, Mississipi, Alabama e Carolina) não aboliram a escravidão, e Victor que era um ex escravo e agora é um agente que rastreia escravos fugitivos, é recrutado pelo governo americano para o serviço sujo de rastrear e capturar escravos.  

   Victor está lá na sua vida de capitão do mato do século XXI, até que se depara com um caso intrigante, o caso de Jackdaw. Um escravo que acabou de escapar sem muitas pistas, tudo é muito obtuso nos arquivos que o agente recebe. Posteriormente se revela uma verdadeira faísca de um enorme incêndio que explode bem na cara do nosso querido agente.


   Os conflitos vão surgindo aos poucos e vão crescendo, crescendo e crescendo e você consegue acompanhar esses dilemas na cabeça do protagonista. O cara é durão e muito talentoso e tem um humor adorável.

   O autor escreve bem, os diálogos fluem naturalmente e dinamicamente. Como o livro é narrado em primeira pessoa, tem dá a chance de entender o que se passa na cabeça do policial e quais seus planos, mas não te conta tudo. Então, de uma hora para outra você se como uma MEGA surpresa.


   Ben, brinca muito com isso da escravidão associada com elementos tecnológicos, como por exemplo um banco de dados de todas as pessoas escravizadas nos Quatros Injustos ou o fato do Victor ser um super hacker.

   Lendo o livro eu tive vários momentos de tristeza, é difícil ler um livro sobre escravidão, porque você vai digerindo aquela crueldade e lembra de que ela de fato ocorreu nesse mesmo chão que a gente pisa. Fiquei pensando muito na minha família, no que meus antepassados suportaram, no que toda a população negra sofre em consequência na escravidão.

Nota: 










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