As Sobreviventes de Riley Sager


Título: As Sobreviventes
Autor: Riley Sager
Editora: Gutenberg
Páginas: 336
Skoob: Adicione

Sinopse: Há dez anos, a estudante universitária Quincy Carpenter viajou com seus melhores amigos e retornou sozinha, foi a única sobrevivente de um crime terrível. Num piscar de olhos, ela se viu pertencendo a um grupo do qual ninguém quer fazer parte: um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares. Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas na universidade; Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava; e agora Quincy, que correu sangrando pelos bosques para escapar do homem a quem ela se refere apenas como Ele. As três jovens se esforçam para afastar seus pesadelos, e, com isso, permanecem longe uma da outra; apesar das tentativas da mídia, elas nunca se encontraram.
Um bloqueio na memória de Quincy não permite que ela se lembre dos acontecimentos daquela noite, e por causa disso a jovem seguiu em frente: é uma blogueira culinária de sucesso, tem um namorado amoroso e mantém uma forte amizade com Coop, o policial que salvou sua vida naquela noite. Até que um dia, Lisa, a primeira sobrevivente, é encontrada morta na banheira de sua casa com os pulsos cortados; e Sam, a outra garota, surge na porta de Quincy determinada a fazê-la reviver o passado, o que provocará consequências cada vez mais assustadoras. O que Sam realmente procura na história de vida de Quincy?
Quando novos detalhes sobre a morte de Lisa vem à tona, Quincy percebe que precisa se lembrar do que aconteceu naquela noite traumática se quiser as respostas para as verdades e mentiras de Sam, esquivar-se da polícia e dos repórteres insaciáveis. Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria.




  Essa leitura me deixou no chão, ainda estou lidando com os sentimentos que a obra me proporcionou e preciso dizer que essa autora é arrasadora.


“ Você não pode mudar o que aconteceu. Mas pode controlar a maneira como lida com isso.”

   Quinn é uma sobrevivente, após passar por um grande trauma e ver seus amigos serem assassinados de forma cruel ela acaba por esquecer boa parte desses momentos aterradores, mas uma nova perda vai fazer seu novo mundo desabafar, e entre seus próprios terrores, memórias voltando à tona e sentimentos a flor da pele ela vai lidar com descobertas e situações tão cruéis quanto no chalé pine.


   Inicialmente não achei que ficaria tão surpresa com essa obra, imaginei e deduzi que descobriria tudo na metade do livro, e quando já me gabava mentalmente de ter descoberto o mistério todo, a autora veio com uma reviravolta incrível e realmente inesperada.

“Eu sei o que ela quer dizer. São os pesadelos, a culpa, a tristeza persistente. Principalmente, é a torturante e inabalável sensação de que não era para eu ter sobrevivo. De que não passo de um inseto desesperado e desconcertado que o destino esqueceu de esmagar.”

   Quinn não é exatamente o que eu esperava, mas ao decorrer da história vai se superando, não é uma personagem chata de acompanhar, sua perspectiva das coisas é objetiva e clara e ler sobre suas dores e traumas foi instigante. Sam foi uma personagem que eu só fui compreender no final do livro e mesmo achando sua construção meio rasa em relação a proposta, é uma personagem boa pra história, ela aflorou um lado de Quinn que eu gostei, um lado mais obscuro, juntas as personagens iniciam com uma relação em que ambas são ruim uma pra outra mas a cumplicidade delas foi algo que gostei.

“Eu não sei o que sou. Perturbada, obviamente. Tão perturbada que podia enumerar para minha mãe as muitas  maneiras que falhei como ser humano’’

  Trabalhar com personagens tão complexos em poucas páginas e numa proposta tão intrigante quanto essa é arriscado e pra poucos, e mesmo a reviravolta sendo diferente das opções que imaginei e indo pro lado oposto de toda a situação, eu gostei do desenvolvimento do mistério, não foram apenas varias informações jogadas, Riley traz o leitor pra essas descobertas, não terminamos a leitura de mãos vazias na verdade acho que o desfecho da obra foi o mais cabível e convincente possível.


   Sobreviventes é um livro envolvente, que pode ser lido em apenas um dia, instigante e doloroso a obra é bem entrelaçada e te faz questionar: Matar o outro é apenas um desejo descontrolado?


Nota: 








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