Que Ninguém nos Ouça de Leila Ferreira e Cris Guerra

Título: Que Ninguém Nos Ouça
Autor: Cris Guerra e Leila Ferreira 
Editora: Planeta Brasil
Ano: 2016 
Páginas:  240

Sinopse: Doçura, inteligência, graça, suavidade lembra? Também imaginei que estivessem em extinção, mas descobri que seguem vivos nas páginas de "Que ninguém nos ouça". Não que seja uma literatura para mocinhas inocentes: o assunto muitas vezes é barra. Nem Leila, nem Cris saltaram de um conto de fadas. Porém, mesmo quando confidenciam a parte trash de suas trajetórias, a delicadeza continua mantendo o tom. Amargas? Nem que quisessem. Nem que tentassem. É o único talento que elas não têm.
Duas mulheres incomuns e com experiências singulares: só pelo voyeurismo consentido, já valeria dar uma espiada nessa troca de e-mails entre as duas. Porém, basta abrir a primeira página para perdermos a ilusão de que teremos algum controle sobre a leitura. É a Leila e a Cris que seguram o leitor nas mãos: fisgado e rendido, ele ficará preso até a última linha, quando então retornará à vida acreditando novamente na espécie humana. 


   É engraçado como amizades podem ser incríveis, como podemos encontrar no outro essa conexão, essa intimidade, e como é bom ter esse laço.
   A obra nos transporta a vários assuntos conversados entre Leila e Cris, que se tornam boas amigas quando Cris enviou um e-mail a Leila elogiando-a sobre a obra que a autora havia publicado e da qual Cris se assume grande fã. A partir desse primeiro e-mail ambas começam a se corresponder cada vez mais e se tornam grandes amigas e confidentes.

“ Acho que vou lê-lo sempre como terapia para esvaziar a alma do que nela não cabe. ”

   O livro não é exatamente uma ficção ou uma grande história cheia de reviravoltas, é simplesmente um livro de amigas se confidenciando e que temos o prazer de ver ali um estabelecimento e também a evolução de um grande laço de amizade, que vai além do companheirismo físico, mas também de alma. O livro não tem muita profundidade por termos alguns saltos no tempo, mas é uma leitura prazerosa de ser feita, perfeito para os dias mais despretensiosos, uma tarde mais calma em que queremos apenas uma boa leitura sem muitos exageros ou dramas.

    “São confessionais sem serem histriônicas. Verdadeiras sem serem rudes. Honestas sem serem simplórias. Nesses tempos em que está tudo polarizado, como não ficar comovido por quem é tão hábil em encontrar o equilibro saudável entre diferenças. ”

    Que Ninguém nos Ouça são contos de mulheres pra mulheres, com temas cotidianos como a família, os amigos, os sonhos, todos escritos em forma de e-mail e de leitura fluída com intuito de ser apenas simples e bom.

Nota:








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, ele fará o autor do post se sentir feliz e correspondido e mais próximo de você que leu até aqui, obrigada e lembre-se: literatura é arte que empodera e liberta! @bardaliterária.

@bardaliterária